segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sexo é Pizza


A visão masculina do sexo tende a ser no sentido de que este é como pizza, até a meia-boca é aceitável. Refletindo e classificando minhas experiências na área, me lembro de (obrigado, Senhor!) algumas trepadas fenomenais, muitas ok e outras tantas que procuro apagar da memória. Mas se sexo é como pizza, por que às vezes desanda?


Em primeiro lugar, é muito fácil atribuir o insucesso da empreitada à outra parte, e para isso serve o silogismo:

Já fiz sexo Bom.
Se fiz sexo bom, trepo bem.
Se trepo bem e essa trepada foi uma bosta, a culpa é do imbecil ao meu lado.


Entretanto, talvez nós, homens, subestimemos o peso do contexto e do momento na performance. Talvez nós tenhamos sido os culpados por muitas das nossas noites mal-dormidas (no sentido dormir com alguém). Afinal, insistimos no sexo pelo sexo, transamos no primeiro encontro ou até mesmo antes dele, criamos expectativas, fornicamos sob o efeito das mais diversas drogas, legais ou não e, acima de tudo, supervalorizamos a atividade sexual.

Claro que nem tudo é culpa nossa. Lembro-me bem do cara que entendeu erroneamente que eu gosto de ser mordido e me deixou com hematomas, do cara que entendeu erroneamente que eu gosto de tapinhas e me deu duas bofetadas na cara, do cara que achou que meu cu era de borracha, do que cismou que meu pinto poderia se dobrar para trás num ângulo indescritível, do que não queria beijar na boca e do que só parou de pedir para eu mijar nele quando eu cedi e, imediatamente, fui embora.


Eu poderia continuar por linhas e linhas, acredite, mas acho que esses bastam para mostrar que, não, a cupa não é só minha, e para validar a necessidade da criação de um manual de etiqueta sexual. Talvez eu mesmo o escreva um dia.

Invariavelmente, porém, chego à conclusão de que sexo é como pizza, fácil, rápido, pode ser encontrado em qualquer esquina e até encomendado por telefone. A pizza, porém (e essa é a verdade que nos negamos a ver), pode ser borrachuda, sem sal, salgada demais ou cheia de fungos. Só me resta, assim, prestar mais atenção na qualidade dos ingredientes, na habilidade do pizzaiolo e no tempo de cozimento. Quem sabe assim possa evitar futura indigestão depois de virar os olhinhos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Realmente concordo com vc.
Essa necessidade de fazer sexo é meio foda para nós.

Eu, por exemplo, transei no primeiro encontro com meu namorado.
Foi legal, apenas.

Depois que fomos nos conhecendo e começamos a namorar, nosso sexo só tem melhorado.
Inclusive tive com ele a melhor punheta mútua da minha vida.
Sem sequer pensar em penetração.

:-)

Abraço

K. disse...

Sexo é como relacionamento: existe N fatores que interferem e nem sempre estão alinhados. Pode até ser com a pessoa com quem você tem intimidade e um relacionamento longo - um dia ele derrapa. O problema é que sexo vêm mais fácil do que relacionamento e os erros, cnseqüentemente, vêm com mais freqüência...

Emir disse...

rsrsrsrs ri muito com seus comentários. Mas relaxa....já vi coisas piores e com certeza já vivi coisas piores....muitas vezes eu também fui pior. Não dá pra ser sempre legal, principalmente se não for "aquela" pessoa. É bom, quando a vontade vem de dentro e o tesão muito forte, de ambas as partes. Sexo por sexo nunca vai ser tão bom quanto sexo com amor, com tesão. Vai tentando aí! rsrsrs

Anônimo disse...

Putz! Já não agüento mais sexo simplesmente por sexo! E olha que sou fora do meio e comecei tarde. Imagine quem já está nessa "corrida" há muito tempo. Tudo bem que sexo é maravilhoso! Adoro isso! Até a palavra me excita, mas já passei por cada situação constrangedora que não dá nem para mencionar. O que me irrita mais é a falta do adeus. Porra! Se não foi bom, se não valeu... tudo bem! Mas essa de cair na cama de alguém e desaparecer depois de gozar..., acho meio estranho. Ainda não assimilei. E talvez nunca assimile. Estou até hoje a procura de um amigo sincero que queira compartilhar bons momentos com muito carinho, mas sem neuras. Nos meus 40 poucos anos já não tolero mais a falta do adeus. Sexo por sexo nem sempre é bom, porque fica aquele ranço..., aquela sensação estranha de que falta algo. Pelo menos para mim.