quarta-feira, 4 de junho de 2008

Quem é Alfie?


Estive passeando pelo astro.com e resolvi fazer mapas astrais das pessoas que me cercam, especialmente de Alfie, já que há possibilidade real, temida e possivelmente confusa, de algo mais que um chopinho pós-"serviço". Especialmente depois da conjunção de Vênus com o Ascendente:
" A conjunção entre Vênus e o Ascendente é um aspecto particularmente bom para qualquer tipo de relacionamento pessoal, em especial uma relação amorosa ou casamento. Ele significa que vocês dois se complementam muito bem em muitos aspectos e que, como dupla, formam um todo mais forte que as partes."

Vale a pena um resumão?

Alfie começou a trabalhar comigo há mais ou menos um ano. Tinha namorado e é estremamente tímido, recatado, ensimesmado, ou qualquer coisa que valha para justificar o silêncio em público e a dificuldade que tive em chegar mais perto dele. Achei ele bem bonitinho, angelical até, e fiquei logo de cara interessado, mas descrente em qualquer futuro juntos.


Segui vivendo minha vida. Conheci meu Chico Latino (que merece não só um post, mas uma categoria), que, apesar de fofo, queridíssimo e possível amor da minha vida, mora em Buenos Aires, o que inviabiliza a relação. Alfie foi se aproximando aos poucos, de mansinho, como amigo de cerveja (só uma, pois ele não é de beber) até que chegou a Parada Gay deste ano.


Todos sabem que a Parada é quando tudo aquilo que a gente jura de pé junto que não vai fazer acaba sendo, invariavelmente, feito. Pois bem, acabei beijando não um, nem dois, mas três colegas de trabalho. E pior, acabei na cama com dois deles: Mini e Alfie. Mini já é de casa, grande amigo, sem grilos. Mas Alfie peladinho me pareceu, tão logo o vinho da garrafa de plástico deixou meu transtornado cérebro, sinal de problema.


Nada que não pudesse ser resolvido com uma boa conversa, então Mini, Alfie e eu fomos a um restaurante. Alfie não podia beber por conta dos antibióticos, mas eu podia. E o fiz ao ponto de propor um verdade ou desafio ali mesmo, no meio do tradicional restaurante alemão. Três perguntas bastaram para eu perceber que Alfie me paquerava e declarar que o paquerava também.


No dia seguinte, ele deixou o carro perto de casa e fomos bater perna. Quando voltamos, o carro não estava mais lá. Sim, Roubaram a porra do carro! A delegacia acabou tarde, o queijos e vinhos para comemorar o incidente durou até tarde e ele acabou dormindo em casa, na minha cama. ´Só consegui me convencer de que havíamos ficado no dia seguinte, pois perguntei para ele, já que tudo o que rolou foram beijos desnudos permeados por períodos de sono profundo.


Enquanto saíamos juntos para um almoço na casa de Mini, resolvi vomitar toda a incompreensão e perguntar, afinal, que porra estava acontecendo entre a gente. Ele se manifestou no sentido de que não gostava de verbalizar as coisas, mas contornei tudo isso e a conversa rolou depois que eu expliquei que apito apita o Chico Latino, longe dos olhos e dentro do meu coração.


Chegamos ao acordo de que vamos sim explorar mais o que rolar entre nós dois, mas que quando estivermos em Buenos Aires em Julho (Sim, ele vai comigo para lá!), estarei e vou querer estar com o Chico Latino. Combinamos também que assim que alguém se sentir desconfortável, deve deixar isso mais claro do que mamilo de ruiva.


Alea jacta est!

2 comentários:

Thiago Lasco disse...

Que bonitinho... torcendo pra vc não partir o coração singelo do pobre Alfie! (Eu pessoalmente ficaria com o Chico Latino de Buenos Aires, faz mais meu tipo, mas me identifico e torço pelos garotinhos branquinhos e indefesos! hehehe)

Mogli disse...

Indefeso? Tenho quase certeza que, no final, eu é que vou acabar com o coração partido.