domingo, 17 de agosto de 2008

Considerações sobre Olimpíadas


Pois é. As Olimpíadas bombando, não se fala de outra coisa (juro que a próxima vez que eu escutar o nome Cubo D'Água eu explodo) e eu não sabia se queria, afinal, escrever ou não sobre o tema. Ganhou a primeira.


Não sou um grande fã de esportes (na verdade não sou nem médio), mas algo me força a dormir menos horas todas as noites porque afinal, ver ao vivo a etapa classificatória da regata da classe 470 de repente se tornou fundamental para mim. Por sinal, aprendi a diferença entre barlavento e sotavento. Como vivi até agora sem saber isso?


Inutilidades à parte, percebi que, na verdade, o momento de ter orgulho do país faz com que eu veja suas falhas mais evidentemente. Cada derrota me lembra da famigerada pregüiça macunaímica e do pouco estrutura que os atletas (exceto, claro os de futebol) têm. A objetividade impede o jeitinho brasileiro. As vitórias (parcas até agora, por sinal) são méritos individuais, alguém com muito talento que conseguiu o que queria APESAR o Brasil. Não é assim que vivemos, no final das contas?


Sério demais? Tá bom, também fico puto porque os brasileiros (de lá e daqui) são feios. Pronto, falei!


Num âmbito mais pessoal, me sinto um pouco inútil. Não há muitas glórias e reconhecimento para professores de inglês. Quando era pequeno, sonhava em ganhar a medalha de ouro na ginástica olímpica. Hoje, sonho com as férias. Patético?


Não posso dizer que as Olimpíadas me fazem muito bem, certo?


Errado. Porque depois de pensar em tudo isso coloco o despertador para as 7 da manhã para torcer pelo Brasil. Penso bem e chego à conclusão de que eu faço a minha parte para tornar o mundo infinitamente mais tolerante, sou uma companhia agradável, garanto que o sexo não seja tedioso, com os cosméticos e as roupas certas ajudo a fazer o mundo mais bonito, cuido muito bem do meu cachorro, faço meus alunos se cagarem de rir e consegui superar a minha avó no grão-de-bico.


Sou bom para caralho! E acho que se olharmos bem, todos podemos encontrar as coisas que fazemos bem e, mais importante, aquelas que nos fazem bem. Mesmo que elas impliquem em acordar às sete da manhã no domingo.

4 comentários:

Rubens Oliveira disse...

Quando falam de olimpiada eu fico um son..ZZZZZzzzzzzzzzzzzzzz

Outra, que raios é Cubo D'Água???

hehehehe

K. disse...

é, confesso que não sei NADA das olimpiadas.

fiz um boicotinho básico pelo local escolhido e tal... =)

Anônimo disse...

Eu, particularmente, acho engraçado a reação das pessoas às olimpiadas.
Ficam putos quando não ganhamos uma medalha ou quando um esportista não chega lá.
Absurdo.
Na verdade, uma certa ilusão criada pelo pan, onde não tínhamos o Vietnã na nossa frente no quadro de medalhas (li isso em algum lugar e adorei, rs...)

FOXX disse...

eu tb naum aguento mais ouvir falar em olimpiadas